Negócio criado com R$ 30 já gerou renda e autonomia para quase 500 pessoas no PR – Gazeta do Povo

Por Iara Maggioni – Gazeta do Povo
Publicado em: Gazeta do Povo.

Grupo de empreendedores beneficiados pelo modelo de negócio desenvolvido por Ariane Santos| Foto: Divulgação

Em 2013, Ariane Santos tinha perdido a avó, estava sem emprego e com quadro de depressão. Com apenas R$ 30,00 no bolso, teve a ideia que mudou sua vida: transformar um hobby em negócio.

Ariane sempre teve aptidão para customizar agendas e cadernos. Era conhecida na faculdade por personalizar o próprio material e presentear os colegas com itens feitos a mão. Os amigos se referiam aos objetos como “badulaques”, apelido de onde, anos depois, surgiu a Badu Design.

A empresa começou de forma bastante informal. Ariane customizou agendas e levou-as para uma papelaria. Os produtos foram rapidamente vendidos, e o negócio começava a decolar. A empreendedora foi selecionada para um projeto do Sebrae e não parou mais.

Quando os pedidos começaram a aumentar, Ariane percebeu que poderia ajudar outras mulheres a ter renda. Foi, então, que uma rede de capacitação começou a se formar: mulheres eram incentivadas a aprender sobre design e artesanato para conquistar autonomia. O negócio deu tão certo que, até agora, mais de 480 mulheres receberam capacitação em 20 municípios paranaenses. Para o ano que vem, os planos são de expansão. A Badu deve chegar a São Paulo e Rio de Janeiro.

Ariane viu na prática como o engajamento traz resultados. Hoje ela compartilha aprendizado com o Instituto Sivis, que atua na capital paranaense com o objetivo de fortalecer a democracia e gerar impacto social. Ela é uma das personalidades que contribuiu para produção do documento Agenda Comum, que aponta estratégias para aumentar o engajamento e a colaboração dentro da comunidade. A publicação é uma das contribuições trazidas pelo programa Cidade Modelo.

Ariane Santos em meio aos badulaques da Badu Design, que são confeccionados num modelo de economia solidária| Divulgação

Para Ariane, esse trabalho é essencial, pois as pessoas querem fazer parte de projetos maiores. “A gente percebeu que as pessoas querem interagir mais, mas faltam espaços. A gente pode criar esses espaços. Todos querem as mesmas coisas, nós precisamos facilitar o caminho”, afirma.

Para a empreendedora, o grande motivo de orgulho é poder ter uma empresa rentável que ajuda no crescimento de outras pessoas. “É um negócio de impacto, que também é business e que pode ser próspero. É um negócio social”, conclui.


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